Notícias da Igreja

 

Música faz parte da ação Evangelizadora da Igreja no Brasil


“Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. Este é o objetivo das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), documento aprovado pela assembleia geral da CNBB em maio deste ano, que pode também ser o objetivo da Evangelização da Igreja no Brasil. Para facilitar sua assimilação, o objetivo foi musicado e começa a ser divulgado pela CNBB.

“Esta iniciativa quer ser um instrumental de divulgação e assimilação das Diretrizes, pois a música facilita a memorização de um texto”, explica o autor da música, padre José Carlos Sala, assessor da CNBB para Música Litúrgica.

 

A composição seguiu literalmente o texto do objetivo com a palavra “Evangelizar” aparecendo como refrão no início, no meio e no final da música. “Esta repetição de “Evangelizar” quer reforçar o chamado e, ao mesmo tempo, o envio dirigido a todo o discípulo missionário”, recorda padre Sala.

A melodia é de fácil assimilação e possibilita a participação de todos, culminando nos versos “para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. “O solista antecipa este horizonte que é vislumbrado e assumido por todo o coro”, esclarece o autor da música. “Que esta música ajude a despertar o encantamento da Igreja do Brasil pelas Diretrizes para e sejam assumidas com vigor e entusiasmo”, completa padre Sala.

 

"Papa indica amizade com Jesus como "programa de vida sacerdotal"

A Santa Missa em comemoração aos 60 anos da Ordenação Sacerdotal de Bento XVI foi presidida pelo Pontífice na manhã desta quarta-feira, 29 de junho, Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, na Basílica de São Pedro.

Ao longo da cerimônia, também houve a entrega do Pálio aos novos Arcebispos Metropolitanos nomeados ao longo do último ano, entre os quais sete brasileiros.

O Papa centrou sua homilia em torno da expressão "Já não vos chamo servos, mas amigos" (cf. Jo 15, 15). Segundo o ordenamento litúrgico do tempo de sua Ordenação, essas palavras eram ditas pelo bispo ao final da cerimônia e significavam a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados.

"'Já não sois servos, mas amigos': nesta frase está encerrado o programa inteiro de uma vida sacerdotal", destacou. Ele disse que tal expressão gera uma grande alegria interior, mas, ao mesmo tempo, na sua grandeza, pode fazer o sacerdote sentir ao longo dos decênios calafrios com todas as experiências da própria fraqueza e da bondade inexaurível de Deus.

"Senti-me impelido a dizer-vos uma palavra de esperança e encorajamento; uma palavra, amadurecida na experiência, sobre o fato que o Senhor é bom. Mas esta é sobretudo uma hora de gratidão: gratidão ao Senhor pela amizade que me concedeu e que deseja conceder a todos nós. Gratidão às pessoas que me formaram e acompanharam. E, subjacente a tudo isto, a oração para que um dia o Senhor na sua bondade nos acolha e faça contemplar a sua glória", expressou.


Amizade e frutos

"O que é verdadeiramente a amizade?", questionou. E respondeu: "A amizade é uma comunhão do pensar e do querer. [...] Ele conhece-me pelo nome. Não sou um ser anônimo qualquer, na infinidade do universo. Conhece-me de modo muito pessoal. E eu? Conheço-O a Ele? A amizade que Ele me dedica pode apenas traduzir-se em que também eu O procure conhecer cada vez melhor".

Segundo o Pontífice, a amizade não é apenas conhecimento, mas sobretudo comunhão do querer. "Significa que a minha vontade cresce rumo ao 'sim' da adesão à d’Ele. Na amizade, a minha vontade, crescendo, une-se à d’Ele: a sua vontade torna-se a minha, e é precisamente assim que me torno de verdade eu mesmo".

Essa expressão de Jesus sobre a amizade está no contexto do discurso sobre a videira, imagem que alude à tarefa dada aos discípulos - "Eu vos destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça" (Jo 15, 16). Por isso, a primeira tarefa dada aos discípulos, aos amigos, é pôr-se a caminho: "Sair de si mesmos e ir ao encontro dos outros. O Senhor exorta-nos a superar as fronteiras do ambiente onde vivemos e levar ao mundo dos outros o Evangelho, para que permeie tudo e, assim, o mundo se abra ao Reino de Deus", afirmou.

O Bispo de Roma explicou que o fruto que o Senhor espera de nós é como o vinho, imagem do amor no discurso sobre a videira. No entanto, advertiu que o Antigo Testamento recorda que o vinho esperado das uvas boas é imagem da justiça, que existe em uma vida vivida segundo a lei de Deus.

"E não digamos que esta é uma visão veterotestamentária, já superada. Não! Isto permanece sempre verdadeiro. O autêntico conteúdo da Lei é o amor a Deus e ao próximo. Este duplo amor, porém, não é qualquer coisa simplesmente doce; traz consigo o peso da paciência, da humildade, da maturação na educação e assimilação da nossa vontade à vontade de Deus, à vontade de Jesus Cristo, o Amigo. Só deste modo, tornando verdadeiro e reto todo o nosso ser, é que o amor se torna também verdadeiro, só assim é um fruto maduro. A sua exigência intrínseca, ou seja, a fidelidade a Cristo e à sua Igreja requer sempre que se realize também no sofrimento. É precisamente assim que cresce a verdadeira alegria. No fundo, a essência do amor, do verdadeiro fruto, corresponde à palavra relativa ao pôr-se a caminho, ao ir: amor significa abandonar-se, dar-se; leva consigo o sinal da cruz".


Pálio

O Papa recordou, ao impor o pálio aos Arcebispos Metropolitanos nomeados depois da última festa dos Apóstolos, que esse significa, em primeiro lugar, o jugo suave de Cristo que é colocado aos ombros dos Pastores.

"Assim, para nós, é, sobretudo, o jugo de introduzir outros na amizade com Cristo e de estar à disposição dos outros, de cuidarmos deles como Pastores. [...] Recorda-nos que podemos ser Pastores do seu rebanho, que continua sempre a ser d’Ele e não se torna nosso. [...] Por fim, o pálio significa também, de modo muito concreto, a comunhão dos Pastores da Igreja com Pedro e com os seus sucessores: significa que devemos ser Pastores para a unidade e na unidade, e que só na unidade, de que Pedro é símbolo, guiamos verdadeiramente para Cristo".

 

 

 

 

Vicentina mártir decapitada durante a Revolução Francesa será beatificada

Margarida Rutan
Margarida Rutan

O Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, presidirá este domingo 19 de junho na localidade de Dax (França) a Missa de beatificação da religiosa vicentina Margarida Rutan, mártir decapitada durante a Revolução Francesa no dia 7 de abril de 1794.

Margarida nasceu no dia 23 de abril de 1736 em Metz em uma família numerosa. Aos 18 anos e graças também à educação na fé de seus pais, expressou seu desejo de ingressar na congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula, que logo pôde realizar aos 21 anos a pedido de seu pai já que era ela quem o ajudava em seu trabalho de arquiteto com o qual mantinha os seus 17 filhos.

Em 1757 iniciou sua formação em Paris, passou logo a Pau, Brest, Fontainebleau, Blangy-sur-Bresle, Troyes e finalmente a Dax aonde chegou aos 44 anos de idade em 1780. Ali como superiora se encarregou do hospital local o qual conseguiu converter em um modelo para seu tempo por sua inteira dedicação aos pacientes a quem tratava contemplando neles o Cristo sofredor. 

Com a Revolução Francesa, em 1792 foi proibido o uso do hábito religioso. Em 1793 se constituiu em Dax um "comitê de vigilância" desta e outras disposições políticas. Em 1794 foi capturada e encarcerada em total isolamento, acusada de "aristocracia, fanatismo e superstição".

O postulador da causa da irmã Margarida Rutan, Luigi Mezzadri, escreve na edição para este domingo do jornal vaticano L’Osservatore Romano que "o processo foi uma farsa, a sentença foi de morte. Junto a ela foi condenado o sacerdote Giovanni Eutropio Lannelongue, de 60 anos", inocente assim como ela.

Mezzadri relata que no dia de sua morte, Margarida estava atada de costas ao Pe. Lannelongue. "Na praça se fez silêncio. Também os soldados estavam comovidos diante de sua atitude serena para enfrentar a morte. A um deixou um relógio, a outro um lenço bordado. Não baixou os olhos quando guilhotinaram o sacerdote. Aos que sugeriam que ela olhasse em outra direção dizia-lhes: ‘Como acham que vou ter medo de ver morrer um inocente?’"

"Só reagiu quando o carrasco quis descobrir o seu pescoço. ‘Detenha-se, um hombre nunca me tocou!’, disse-lhe. Para muitos condenados os últimos passos foram os mais difíceis de dar (…) Ela caminhou firme, colocou-se no patíbulo e rezou".

"Quando a guilhotina desceu –conclui Mezzadri– pareceu que um gemido sacudia a terra. Era um gemido de oração. A atualidade de sua mensagem está em ter antecipado com sua vida as palavras de João Paulo II: ‘Não tenhais medo!’". 

 

 

 

Italianos querem construir museu em homenagem ao Papa Pio XII


Arquivo
Estima-se que ao menos cinco mil pessoas foram salvas pela ação direta do Papa Pio XII

Um grupo de cidadãos italianos lançou um projeto para dedicar um museu ao Papa Pio XII. A iniciativa tem o apoio de importantes personagens como o senador italiano Stefano De Lillo, que deseja dar ao Pontífice, criticado com frequência por setores anti-católicos, o lugar "que lhe corresponde na história". 

Segundo o senador italiano, o Papa Pio XII "durante sua vida foi exaltado por todos e morreu um como um ‘grande homem justo’".

Os planos para o museu se encontram em fase inicial mas foram discutidos em uma conferência internacional organizada pelo senador De Lillo este mês. A ideia também tem o apoio do ex-primeiro Ministro italiano Giulio Andreotti.

Alguns críticos difundem a ideia de que Papa Pio XII não teria feito esforços suficiente durante a Segunda Guerra Mundial para salvar judeus da perseguição nazista. O senador Do Lillo espera que o novo museu ajude a esclarecer coisas.

"Há tantos escritos de judeus italianos e romanos que agradecem ao Papa por ter permitido que procurassem refúgio em conventos, institutos e igrejas de toda Roma. Estima-se que ao menos cinco mil pessoas foram salvas pela ação direta do Papa", recordou o senador.

Para De Lillo, Um museu deste tipo pode ajudar a recuperar uma verdade histórica, “em plena harmonia com nossos irmãos maiores da religião judia, com os quais nossa relação é muito boa".

A ideia original do museu é da religiosa Margherita Marchione, historiadora de 90 anos que desde 1995 procura esclarecer as críticas feitas ao Papa Pio XII.

O senador De Lillo explicou que o museu reunirá "toda a documentação que a irmã possui junto com outros documentos de outros lugares".

O museu também quer destacar a valentia e a lealdade do Papa Pio XII aos cidadãos de Roma durante a guerra.

"Graças ao Papa Pio XII, Roma foi declarada cidade aberta durante a Segunda Guerra Mundial e uma convenção internacional proibiu bombardeá-la", recordou senador De Lillo.

Mas, em 1943, Roma foi bombardeada pelos Aliados e o pelo Eixo. Diferente do rei italiano Vitório Emanuel III e o ditador Benito Mussolini que fugiram de Roma devido à ameaça dos bombardeios, o Papa Pio XII se manteve na cidade todo esse tempo.

"Depois da guerra, os cidadãos e a cidade de Roma colocaram uma placa na Praça de Pio XII, perto do Vaticano dar as graças ao Papa por ter salvado Roma", assinalou o senador.

Os romanos também o honraram com o título de "Defensor Civitatis" ou "defensor da cidade," e esse é o nome que o senador De Lillo quer dar ao novo museu.

 

 

 

Assaltantes roubam igreja, retiram hóstias do Sacrário e jogam cerveja em cima

O Pe. Rodrigo Hurtado, pároco da igreja de San Isidro em Dosquebradas (Colômbia), denunciou que a capela Cristo Salvador foi vítima de um ato sacrílego, pois ladrões ingressaram no templo, furtaram dinheiro e bens valorados em mais de mil dólares, para logo retirar as hóstias do Sacrário, derramá-las no chão, jogar cerveja em cima e pisoteá-las.

Conforme informou a rádio colombiana RCN, a Diocese de Pereira, à qual pertence a paróquia de San Isidro, ordenou o fechamento do templo e o retiro do Santíssimo, assim como a excomunhão para os responsáveis pelo sacrilégio.

Espera-se que tudo volte à normalidade na capela Cristo Salvador dentro de um mês, depois da realização de um ato de desagravo previsto pela justiça canônica.

Esta é a segunda vez que a capela Cristo Salvador sofre um ato sacrílego, pois quatro anos atrás, desconhecidos quebraram as mãos de uma imagem da Virgem Maria, além de furtar elementos do templo.

 

 

 

 

 

Religiosa de 90 anos esclarece o "silêncio de Pio XII" através de livros


A irmã Margherita Marchione tem 90 anos e vive em Nova Jersey (Estados Unidos). Com 10 livros de sua autoria sobre o Papa Pio XII, viajou a Roma para participar de um evento no Senado italiano sobre o Pontífice, a quem espera ver beatificado "porque ninguém merece mais que ele".

Em declarações a religiosa assinalou que "lutarei até o final para me assegurar de que isso (a beatificação de Pio XII) aconteça", assinalou.

Com efeito, o Papa Bento XVI aprovou no dia 19 de dezembro de 2009, o decreto em que se reconhece as virtudes heróicas do Papa Pio XII, no mesmo dia autorizou o decreto do agora Beato João Paulo II.

Para a beatificação do Papa Pacelli o que falta agora é um milagre.

Muitos dos críticos de Pio XII questionam seu suposto silêncio diante do holocausto e o acusam de ter colaborado com os alemães, ignorando que, em realidade, o Papa salvou 800 000 judeus de morrer nas mãos dos nazistas durante a Segunda guerra mundial.

A religiosa, membro do Instituto de Educadoras Religiosas Filippini, explica que efetivamente, o Papa "pediu a todos os conventos e mosteiros de Roma que abrissem suas portas aos judeus que eram perseguidos pelos nazistas para dar-lhes a possibilidade de esconder-se aí".

A irmã Marchione, quem conheceu o Papa Pio XII em 1957, começou sua luta por desterrar a "lenda negra" sobre ele há 16 anos em uma visita a Roma: "vim aqui em 1995 e escutei muitas histórias das irmãs que estiveram nessa época neste lugar".

Essas irmãs esconderam 114 judeus em três conventos em Roma durante a Guerra. "Elas me contaram  como as mulheres judias eram escondidas e o que elas faziam para protegê-las. Como compartilhavam com elas a comida que tinham e as muitas vezes que não tinham comida nem para elas mesmas".

Depois de relatar que desafiou várias pessoas a lerem uma placa de mármore na parte direita da Praça de São Pedro na que se afirma que o Papa salvou milhares de judeus, a irmã comenta que basta estudar a evidência histórica para ver que as afirmações sobre o contrário não são verdade.

"Eu diria às pessoas que estudem os documentos e conheçam a verdade. A verdade neste assunto é que ele fez tudo o que estava dentro de suas possibilidades como Papa para salvar a maior quantidade possível de judeus", precisou.

"Esses são os fatos –concluiu– e ninguém pode negá-los".

 

 

 

 

 

Ex-pastores anglicanos serão ordenados sacerdotes católicos


Na solenidade de Pentecostes, cerca de 60 pastores anglicanos serão ordenados sacerdotes católicos no Reino Unido. Eles devem servir no Ordinariato pessoal de Nossa Senhora de Walsingham, como previsto na Constituição apostólica “Anglicanorum Coetibus”, publicada pelo Papa para atender ao anseio de alguns anglicanos de entrar em plena comunhão com Roma.

Os pastores frequentaram um programa de formação de 3 meses e meio e uma vez por semana passavam o dia no seminário de Allen Hall, em Chelsea.

O Ordinariato permite a seus membros anglicanos tornarem-se católicos mantendo algumas formas e tradições da liturgia anglicana. Ele foi instituído com um decreto em janeiro passado, quando foi também anunciado o nome do responsável, Keith Newton.

Os primeiros a ingressarem no Ordinariato são três ex-bispos anglicanos que foram ordenados sacerdotes para a Igreja Católica em janeiro passado e receberam o título de Monsenhor.