São Pedro e São Paulo

20/06/2011 11:55

Olá, queridos irmãos e irmãs! Quero vos transmitir algumas palavras sobre duas colunas inabaláveis na construção da Igreja de Cristo, casa do pão, do amor, da esperança, habitação dos filhos de Deus. Essas colunas são os apóstolos São Pedro e São Paulo, pessoas escolhidas e preparadas por Jesus Cristo para serem mestres da Verdade, anunciadores e testemunhas do Evangelho. Ambos eram judeus de nascença, viviam de acordo com a Lei de Deus dada através de Moisés.

Pedro é aquele apóstolo que ouviu o chamado de Jesus, entregando sua vida inteiramente ao projeto salvífico do Pai, não hesitou em responder quando Jesus passou e o chamou pelo nome. Ele é o apóstolo que mais se apresenta como aquele que está sempre disponível para seguir Jesus, mesmo sendo fraco e incapaz de cumprir tudo o que gostaria de fazer pelo seu Mestre; isso, podemos averiguar no Novo Testamento quando ele diz que seguirá o Senhor até a morte e o Senhor lhe afirma que sua promessa não será cumprida. Mas Pedro é persistente, depois de ter caído pela fraqueza do limite humano ele não desiste de se apresentar à Misericórdia do Senhor e retornar ao seu primeiro amor, pois, o olhar de Cristo que se fixou em seus olhos lá na praia, fazendo-o deixar as redes, acompanhou-o até o fim de sua missão. Ele é erguido pelo poder e bondade do Senhor, tornando-se forte pela graça de Deus para apascentar as ovelhas do Mestre (não deixe de meditar: Mateus 4,18-20; Marcos 14,66-72; João 21,15-17).

Devemos concluir,  que Pedro se tornou na Igreja o apóstolo pedra fundamental (Mt 16,18) para conduzir a Igreja de Cristo na obediência da voz do Pastor Amado. Ainda precisamos entender que a ovelha escuta a voz do Pastor (cf. João 10,14); então, Jesus é o Pastor, e por isso, deu a Pedro o encargo de pastor; quem ouve a voz de Pedro, ouve a voz de Cristo. Pedro é o porta voz da Igreja junto com todos os apóstolos. A tradição apostólica assegura que a linha apostólica que sustenta a Igreja não se rompeu até os dias de hoje, e permanecerá até o fim dos tempos porque é uma promessa do próprio Cristo: “... Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20). O Papa assume a mesma função de Pedro, e os bispos assumem o mesmo que os apóstolos em comunhão com o Papa.

São Paulo é apóstolo como todos os outros apóstolos, mesmo sem ter tido uma convivência amigável com Jesus, pessoalmente (cf. I Cor 9,1-2). Seu chamado a ser apóstolo se deu depois que Jesus já havia sido morto, ressuscitado e ascendido ao Pai; e ainda, já havia muitos cristãos, ou seja, pessoas convertidas a Boa Nova de Jesus Cristo. Ele mesmo perseguia e prendia a muitos que professavam a fé em Jesus Cristo, porque sendo judeu zeloso da Lei de Deus, achava-se na obrigação de combater o ensinamento sobre Jesus (cf. Gálatas 1,13). De repente, o Senhor Ressuscitado chamou Paulo para ser apóstolo de seu nome para as nações de diversas línguas. Seus conhecimentos na Lei de Deus, regados pela fé em Jesus Cristo, deram-lhe uma segurança inabalável no anúncio do Evangelho entre todos os povos, especialmente, os pagãos. São Paulo se cansou de anunciar a seus irmãos judeus, mas não teve muito êxito; muitas vezes foi caluniado e perseguido por ter se tornado cristão; ele acabou se dirigindo com mais atenção para o público pagão em que foi bastante acolhido: ao que lhe valeu o título de “APÓSTOLO DOS PAGÃOS. Através de sua pregação e testemunho com a própria vida, milhares de pagãos se converteram a fé em Jesus Cristo.

São Pedro e São Paulo viveram unicamente, durante todo o tempo de suas vidas, pela causa do Reino de Deus a ser construído no coração da humanidade. São Pedro recebeu a missão de ser pedra viva da Igreja, e certamente, ele entendeu muito bem o que é ser pedra viva, pois ele nos diz: “e quais outras pedras vivas, vós também vos tornais os materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo” (1Pd 2,5). E com São Paulo, também nós precisamos viver a experiência e dizer:  “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Ambos foram martirizados (mortos) em ROMA (Itália) por causa de seus testemunhos do Evangelho de Jesus Cristo.

Padre José Antônio Justino (Vigário Paroquial, Areia-PB)